Em nossas relações, desempenhamos papéis sociais
que nos levam a assumir responsabilidades perante
os outros: somos filhos, irmãos, colegas, sócios de um
clube, integrantes de uma banda de música.
Quando, por exemplo, elegemos por voto direto o
presidente do grêmio do colégio ou o presidente da
República, estamos tomando decisões individuais que
não deixam de refletir-se no coletivo.
São escolhas que têm desdobramentos além da vida
de cada um.
Por isso é tão difícil optar!
A convivência enfrenta, ainda, o problema da competição.
Quem chegou primeiro? Quem é o melhor ?
Seja na disputa de uma vaga na Universidade, seja na
procura de emprego, estamos sempre competindo.
Isso gera um individualismo crescente na sociedade
atual que torna difícil o conviver, pois a competição
implica disputar coisas, contrastar nossas diferenças,
reconhecer desigualdades, admitir formas de luta
implícitas ou explícitas.
No convívio, expomos as nossas diferenças individuais
e estamos expostos às desigualdades sociais resultantes
da divisão da sociedade em classes.
O acesso aos bens produzidos não é igual para todos.
Quanto maior a distância social entre as classes, mais
sujeitos estamos a conflitos.
Existem conflitos entre classes, entre grupos étnicos,
entre turmas de estudantes e no âmbito do trabalho.
A tensão está sempre presente nos relacionamentos.
A convivência pode ser problemática porque estão em
jogo interesses muito diferentes, antagônicos.
Como os dois lados de uma moeda, há sempre
contraposição nas relações sociais.
Assim, as relações entre pais e filhos são relações de
autoridade, como são relações de propriedade as existentes
entre patrões e empregados, e relações hierarquizadas
aquelas entre professores e alunos.
Influências recíprocas tornam o conviver uma arte -
a arte de bem viver - não apenas no plano interindividual,
como também entre
Influências recíprocas tornam o conviver uma arte -
a arte de bem viver - não apenas no plano interindividual,
como também entre
as nações, cuja rivalidade gera por vezes conflitos.
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