sexta-feira, 15 de maio de 2015

CONVIVER COM AS DIFERENÇAS





Em nossas relações, desempenhamos papéis sociais
 que nos levam a assumir responsabilidades perante
 os outros: somos filhos, irmãos, colegas, sócios de um
 clube, integrantes de uma banda de música. 
Quando, por exemplo, elegemos por voto direto o 
presidente do grêmio do colégio ou o presidente da
 República, estamos tomando decisões individuais que 
não deixam de refletir-se no coletivo. 
São escolhas que têm desdobramentos além da vida 
de cada um. 
Por isso é tão difícil optar! 
A convivência enfrenta, ainda, o problema da competição.
 Quem chegou primeiro? Quem é o melhor ? 
Seja na disputa de uma vaga na Universidade, seja na 
procura de emprego, estamos sempre competindo. 
Isso gera um individualismo crescente na sociedade 
atual que torna difícil o conviver, pois a competição
 implica disputar coisas, contrastar nossas diferenças, 
reconhecer desigualdades, admitir formas de luta
 implícitas ou explícitas. 
No convívio, expomos as nossas diferenças individuais 
e estamos expostos às desigualdades sociais resultantes 
da divisão da sociedade em classes. 
O acesso aos bens produzidos não é igual para todos. 
Quanto maior a distância social entre as classes, mais 
sujeitos estamos a conflitos.
 Existem conflitos entre classes, entre grupos étnicos,
 entre turmas de estudantes e no âmbito do trabalho. 
A tensão está sempre presente nos relacionamentos. 
A convivência pode ser problemática porque estão em 
jogo interesses muito diferentes, antagônicos. 
Como os dois lados de uma moeda, há sempre 
contraposição nas relações sociais. 
Assim, as relações entre pais e filhos são relações de 
autoridade, como são relações de propriedade as existentes 
entre patrões e empregados, e relações hierarquizadas
 aquelas entre professores e alunos. 
Influências recíprocas tornam o conviver uma arte -
 a arte de bem viver - não apenas no plano interindividual, 
como também entre 
as nações, cuja rivalidade gera por vezes conflitos.


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