O social nos atrai .Tudo o que envolve o ser e o fazer
dos homens associados exerce atração sobre nós.
Temos necessidade de nos sentir homens do nosso tempo,
de estar atualizados com as ideias e os procedimentos
aceitos na cultura em que vivemos.
Esse fenômeno é muito visível na atual sociedade,
que supervaloriza os bens materiais.
Somos impelidos ao consumo, por exemplo.
Quando jovens, acumulamos bichinhos de pelúcia,
adesivos, cartazes dos nossos ídolos, raquetes,
lembrancinhas... até entulhar nossos quartos !
Corremos o risco de acumular por acumular, seguindo
o impulso da sociedade de consumo.
A todo momento, anúncios publicitários sedutores nos bombardeiam. Fazem-nos o centro das atenções.
Sentimo-nos como reis.
O nosso reinado, porém, é ilusório.
Representamos apenas compradores em potencial.
Seja para comprar uma bike ou uma camiseta
incrementada, os anúncios tentam nos convencer das
vantagens do produto.
Além, é claro, da marca e da etiqueta conhecidas.
E... muitos não deixam por menos,
sem grife não fazem negócio.
A força consumista é o único aspecto do social que
exerce atração sobre eles.
Não percebem o caráter capitalista desta sociedade,
onde prevalece o domínio das coisas.
Se percorrermos com olhos críticos os badalados
locais da sociedade de consumo - os shoppings centers -, notaremos abundância e desperdício.
Consumimos a própria sociedade, que se converte
em coisas coloridas, úteis ou supérfluas, duráveis,
descartáveis ou rapidamente obsoletas.
Para aqueles que não têm senso crítico, fica difícil
perceber a sujeição aos ditames sociais, que padronizam
os gostos, homogeneízam as ideias, fazem alguns mais
iguais entre si e outros bem diferentes de muitos.
Diferentes daqueles que não têm acesso à parafernália de bens colocados à disposição do bolso do comprador. O consumismo - essa compulsão para ter - pressiona a individualidade,
retira-lhe a força.