quinta-feira, 4 de junho de 2015

A PRESSÃO SOCIAL





 A pressão social é, por exemplo, um poder que nos
 induz a comprar um sabonete cheiroso, anunciado nos 
outdoors da cidade, ou uma força que nos deixa
 constrangidos diante da fala ou simples presença de
 autoridades e personalidades sociais, como um professor, 
um prefeito, um artista famoso, um policial.
 No entanto, pressão social não é apenas coerção física
 ou psicológica. 
Ela também está presente quando incorporamos
 comportamentos socialmente admitidos, seja por força
 das relações econômicas (patrões e empregados), seja
 porque as práticas religiosas, políticas ou morais
 nos levam a isso. Constantemente, somos submetidos 
às normas da boa convivência: obedecemos às regras de 
trânsito, somos regidos pela Constituição, conhecemos o
 estatuto do grêmio estudantil. Recebemos sanções punitivas
 ou premiativas, seja por meio de uma nota vermelha no
 boletim ou de uma medalha conquistada nos
 torneios escolares. 
São expectativas de comportamento das outros 
e de nós mesmos que nos influenciam ou que 
aprendemos a corresponder.
 Isso porque nossas relações sociais são fruto de 
um conhecimento acumulado de experiências mútuas. 
A pressão social leva indivíduos e grupos a adotarem 
padrões vigentes de comportamento. Formas brandas
 ou impositivas de pressão social são como as regras
 de um jogo. 
Da educação resultam indivíduos socializados.
 Por isso, reconhecemos as sinalizações, 
sabemos ou desconfiamos quando estamos infringindo regulamentos, provocando reações adversas ou 
acrescentando algo para um viver melhor.
 Quando um sindicato estimula uma greve para 
reivindicar aumento salarial para os trabalhadores, 
ocorrem inúmeras situações de tensão social.
 Nas negociações com os patrões, no julgamento
 sobre a legalidade da greve, em passeatas dos trabalhadores 
e em momentos mais dramáticos (caso seja cortado
 o pagamento dos grevistas ou a polícia reprima uma manifestação de rua), observamos objetivamente
 a pressão social. 
Essa pressão é uma forma de controle social, 
fenômeno multifacetado que emerge do
 processo de disputa.
 É o modo impositivo e institucionalizado de manter
 a sociedade organizada.
 Na atualidade, o Estado responde por formas 
ampliadas de controle social. 
Entre as finalidades do Estado está a de atender
 a população em matéria de saúde, educação e segurança.
 Essa pretendida proteção social, quer se concretize
 ou não,  serve geralmente aos interesses das classes
 sociais detentoras do poder.
 Controle social são meios ordenadores da vida
 em sociedade. 
Ao pagar impostos ou prepara documentos 
de identificação, sentimos a pressão da máquina estatal. 
Essa sensação de controle, porém, se faz presente
 em outras instâncias de nossa vida, ainda que de 
forma mais atenuada.
 Quando assistimos à TV ou ouvimos rádio, também
 somos pressionados socialmente, seja para comprar 
o vemos anunciado ou para adotar comportamentos sociais novos, muitas vezes estranhos ao nosso meio. 
INDIVÍDUO X SOCIEDADE Há que explicar o social 
A preponderância das regras da vida coletiva sobre a 
vontade do indivíduo leva os estudiosos a indagar sobre
 a possibilidade de equilíbrio nas relações entre o indivíduo
 e a natureza. Para Emile Durkheim (sociólogo francês), 
o social resulta da combinação



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