A pressão social é, por exemplo, um poder que nos
induz a comprar um sabonete cheiroso, anunciado nos
outdoors da cidade, ou uma força que nos deixa
constrangidos diante da fala ou simples presença de
autoridades e personalidades sociais, como um professor,
um prefeito, um artista famoso, um policial.
No entanto, pressão social não é apenas coerção física
ou psicológica.
Ela também está presente quando incorporamos
comportamentos socialmente admitidos, seja por força
das relações econômicas (patrões e empregados), seja
porque as práticas religiosas, políticas ou morais
nos levam a isso. Constantemente, somos submetidos
às normas da boa convivência: obedecemos às regras de
trânsito, somos regidos pela Constituição, conhecemos o
estatuto do grêmio estudantil. Recebemos sanções punitivas
ou premiativas, seja por meio de uma nota vermelha no
boletim ou de uma medalha conquistada nos
torneios escolares.
São expectativas de comportamento das outros
e de nós mesmos que nos influenciam ou que
aprendemos a corresponder.
Isso porque nossas relações sociais são fruto de
um conhecimento acumulado de experiências mútuas.
A pressão social leva indivíduos e grupos a adotarem
padrões vigentes de comportamento. Formas brandas
ou impositivas de pressão social são como as regras
de um jogo.
Da educação resultam indivíduos socializados.
Por isso, reconhecemos as sinalizações,
sabemos ou desconfiamos quando estamos infringindo regulamentos, provocando reações adversas ou
acrescentando algo para um viver melhor.
Quando um sindicato estimula uma greve para
reivindicar aumento salarial para os trabalhadores,
ocorrem inúmeras situações de tensão social.
Nas negociações com os patrões, no julgamento
sobre a legalidade da greve, em passeatas dos trabalhadores
e em momentos mais dramáticos (caso seja cortado
o pagamento dos grevistas ou a polícia reprima uma manifestação de rua), observamos objetivamente
a pressão social.
Essa pressão é uma forma de controle social,
fenômeno multifacetado que emerge do
processo de disputa.
É o modo impositivo e institucionalizado de manter
a sociedade organizada.
Na atualidade, o Estado responde por formas
ampliadas de controle social.
Entre as finalidades do Estado está a de atender
a população em matéria de saúde, educação e segurança.
Essa pretendida proteção social, quer se concretize
ou não, serve geralmente aos interesses das classes
sociais detentoras do poder.
Controle social são meios ordenadores da vida
em sociedade.
Ao pagar impostos ou prepara documentos
de identificação, sentimos a pressão da máquina estatal.
Essa sensação de controle, porém, se faz presente
em outras instâncias de nossa vida, ainda que de
forma mais atenuada.
Quando assistimos à TV ou ouvimos rádio, também
somos pressionados socialmente, seja para comprar
o vemos anunciado ou para adotar comportamentos sociais novos, muitas vezes estranhos ao nosso meio.
INDIVÍDUO X SOCIEDADE Há que explicar o social
A preponderância das regras da vida coletiva sobre a
vontade do indivíduo leva os estudiosos a indagar sobre
a possibilidade de equilíbrio nas relações entre o indivíduo
e a natureza. Para Emile Durkheim (sociólogo francês),
o social resulta da combinação
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