terça-feira, 17 de março de 2015

CIDADANIA







As palavras cidadania, cidadãos e cidades possuem uma
 mesma origem semântica. A palavra “cidadãos” tanto 
representa os habitantes de uma cidade, quanto os 
indivíduos que possuem direitos civis, políticos e sociais.
Para a pessoa ser cidadã e ter direito à cidadania e a 
viver plenamente sua vida, são necessários os direitos civis. 
Todos os cidadãos têm o direito à liberdade, à propriedade
 e à igualdade perante a lei – o conjunto desses direitos
 forma a sociedade civil.
Os direitos políticos de um cidadão que tem pleno gozo
 de sua cidadania referem-se à participação no governo
 da sociedade através de manifestações políticas, 
discussões dos problemas do governo, organização de 
partidos, de votar e de ser votado.
Para efetivar o pleno exercício do cidadão e do direito
 à cidadania, temos também os direitos sociais, que 
incluem o direito ao trabalho, ao salário, à saúde, 
à educação e à moradia. 
Todos os direitos dos cidadãos que formam a cidadania
 são baseados na justiça social. 
Aliás, além dos direitos, os cidadãos também devem
 seguir seus deveres perante a lei, perante a sociedade.
A ideia de cidadão e do direito à cidadania surgiu
 na Antiguidade, quando a cidade representava a
 unidade comunitária. Portanto, a palavra “cidadania” 
deriva de “cidade” e é no espaço público das cidades
 que os cidadãos se encontram para reivindicar seus 
direitos, sua cidadania.
Desde a Antiguidade, várias pessoas não tiveram o
 direito à sua cidadania – foram cidadãos sem 
cidadania, ou seja, sem os direitos civis, sociais e políticos. 
A escravidão, desde a Antiguidade até à 
contemporaneidade, constituiu a plena proibição 
à liberdade das pessoas escravizadas.
As relações de servidão na Idade Média restringiram
 a liberdade do camponês e tiraram dele o direito
 de ter uma propriedade. 
No período medieval, somente os nobres possuíam terras.
 Na Idade Contemporânea, milhões de pessoas não possuem 
um pedaço de terra. 
O exemplo do Brasil é clássico: o país possui uma 
grande extensão territorial, mas a maioria da terra sempre
 esteve em posse de grandes latifundiários, enquanto
 a grande parte da população é conhecida como “sem-terra”. 
Há séculos se falou em reforma agrária (a distribuição
 de terras entre a população sem-terra), mas isso parece 
estar longe de acontecer.
Os exemplos de não exercício da cidadania são muitos; 
citamos alguns exemplos para demonstrar que a 
cidadania não alcança todos os cidadãos, mas poucos.
Leandro Carvalho






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