A identidade brasileira foi decorrente de um
processo de construção histórica, como em
diversos outros países.
processo de construção histórica, como em
diversos outros países.
Apesar de ter se iniciado após a Independência,
em 1822, o processo de constituição da
identidade nacional ganhou um impulso maior,
após a década de 1930, quando Getúlio Vargas
chegou ao poder.
em 1822, o processo de constituição da
identidade nacional ganhou um impulso maior,
após a década de 1930, quando Getúlio Vargas
chegou ao poder.
A partir disso, pôde-se perceber que a construção
da identidade, para além de um processo cultural,
era também um processo político.
da identidade, para além de um processo cultural,
era também um processo político.
Os esforços para se constituir a identidade
brasileira, que também é chamada de brasilidade,
estão ligados à necessidade de uma coesão social
que acompanhe a existência de um Estado
que administra todo o território nacional.
Dessa forma, a manutenção de uma máquina
administrativa comum a todo o território nacional,
foi um primeiro passo na construção da identidade.
brasileira, que também é chamada de brasilidade,
estão ligados à necessidade de uma coesão social
que acompanhe a existência de um Estado
que administra todo o território nacional.
Dessa forma, a manutenção de uma máquina
administrativa comum a todo o território nacional,
foi um primeiro passo na construção da identidade.
Contribuiu ainda para a existência da identidade
nacional o fato de a língua portuguesa ser comum
a todo o território, apesar de suas
particularidades regionais.
nacional o fato de a língua portuguesa ser comum
a todo o território, apesar de suas
particularidades regionais.
A língua seria então um elemento no conjunto de
elementos culturais comuns que são constitutivos
da cultura nacional.
Porém, durante o Primeiro Reinado e o Período
Regencial, não houve grandes avanços na
construção da identidade nacional, a não ser
a formação de forças repressivas militares,
para garantir a ordem latifundiária e escravocrata
em todo o território nacional.
Regencial, não houve grandes avanços na
construção da identidade nacional, a não ser
a formação de forças repressivas militares,
para garantir a ordem latifundiária e escravocrata
em todo o território nacional.
Os conflitos separatistas provinciais das décadas
de 1830 e 1840 eram um obstáculo à integralidade
territorial e também à coesão social do país
recém-independente.
de 1830 e 1840 eram um obstáculo à integralidade
territorial e também à coesão social do país
recém-independente.
A forma com que esses conflitos foram reprimidos,
permite perceber que a violência repressiva do
Estado contra conflitos sociais que pretendiam
alterar a ordem vigente passou também a ser
constitutiva da identidade nacional.
permite perceber que a violência repressiva do
Estado contra conflitos sociais que pretendiam
alterar a ordem vigente passou também a ser
constitutiva da identidade nacional.
A cultura da violência estatal permeou desde o
início a formação da identidade nacional.
início a formação da identidade nacional.
Ainda durante a Regência houve outros esforços
nesse processo de construção identitária.
nesse processo de construção identitária.
A criação do Instituto Histórico e Geográfico
Brasileiro em 1838 foi o primeiro passo na
tentativa estatal de refletir sobre temas que
estariam relacionados à nação brasileira.
Brasileiro em 1838 foi o primeiro passo na
tentativa estatal de refletir sobre temas que
estariam relacionados à nação brasileira.
Anos depois, no âmbito da Literatura,
o surgimento do Romantismo buscou também
contribuir com a construção dessa identidade.
As obras de José de Alencar
foram um exemplo de aliar a imagem da nação
brasileira às suas belezas naturais, como também
a mitificação do indígena como componente principal
da nação brasileira.
o surgimento do Romantismo buscou também
contribuir com a construção dessa identidade.
As obras de José de Alencar
foram um exemplo de aliar a imagem da nação
brasileira às suas belezas naturais, como também
a mitificação do indígena como componente principal
da nação brasileira.
Esse trabalho literário e cultural buscava criar uma
interpretação genuinamente brasileira, afastada das
influências estrangeiras.
Apesar dessas tentativas de unificação de elementos
culturais do que seria a brasilidade, a grande extensão
do território nacional e suas diferentes formas de
ocupação resultaram em uma diversidade de
manifestações culturais regionais.
A Proclamação da República e o federalismo instituído
na administração do Estado espelharam um
fortalecimento de movimentos culturais regionais,
principalmente os ligados à decadente aristocracia
principalmente os ligados à decadente aristocracia
das regiões não afetadas pelo crescimento econômico
de início do século XX.
Um exemplo foi o Manifesto Regionalista de Gilberto
Freyre, publicado em 1926.
Porém, ao mesmo tempo, houve esforços para a
criação de símbolos culturais nacionais, como a
mitificação da figura de Tiradentes como um herói
libertador do Brasil.
criação de símbolos culturais nacionais, como a
mitificação da figura de Tiradentes como um herói
libertador do Brasil.
O Movimento Modernista da década 1920 buscava
também encontrar as raízes da sociedade brasileira,
afirmando o nacionalismo como um estágio para se
chegar ao universal.
Para alcançar essa pretensão, Mário de
chegar ao universal.
Para alcançar essa pretensão, Mário de
Andrade realizou uma extensa viagem pelo Brasil,
pesquisando, compilando e estudando os elementos que
faziam parte da cultura brasileira.
Um esforço nacional estatal para a difusão de uma
cultura brasileira comum iria se fortalecer após a
Revolução de 1930.
A chegada de Getúlio Vargas ao poder representou
um novo momento de centralização política, auxiliado
pela criação de instituições que pretendiam uniformizar
práticas administrativas, como o Ministério do Trabalho
e a política de oferecimento de uma
educação básica comum.
Neste último caso, a padronização dos currículos
educação básica comum.
Neste último caso, a padronização dos currículos
escolares buscava veicular um conteúdo nacional via
processo educativo institucional, levando ainda a uma erradicação dos traços culturais das minorias étnicas
que não eram aceitos como componentes identitários.
que não eram aceitos como componentes identitários.
Vargas utilizou também os novos meios de
comunicação, principalmente o rádio, para difundir
essa cultura nacional uniformizada.
Passaram a ganhar contornos de representação
cultura nacional o samba, o futebol e pratos culinários.
cultura nacional o samba, o futebol e pratos culinários.
No exterior, existiu também uma tentativa de criar
uma imagem da cultura nacional, da qual Carmem
Miranda é a principal expressão.
Entre as décadas de 1940 e 1960, a construção da
identidade nacional passou a ser realizada levando
em consideração a luta contra o que era considerado
uma influência colonial, do que era vindo da
Europa ou dos EUA.
em consideração a luta contra o que era considerado
uma influência colonial, do que era vindo da
Europa ou dos EUA.
A partir da década de 1960, com a ditadura militar e
sua centralização autoritária e repressiva, aliadas à
difusão da televisão pelos domicílios, um novo
momento de difusão de elementos culturais
foi conhecido.
difusão da televisão pelos domicílios, um novo
momento de difusão de elementos culturais
foi conhecido.
As telenovelas passaram também a auxiliar na
exposição de práticas sociais consideradas
expoentes da brasilidade.
exposição de práticas sociais consideradas
expoentes da brasilidade.
Só que a partir desse período, a entrada cada vez
maior do capital estrangeiro na economia e a
apresentação de um ideal de modo de vida cada
vez mais próximo do estadunidense influenciaram
o processo contínuo de formação da identidade
nacional, momento ainda vivenciado no século XXI
maior do capital estrangeiro na economia e a
apresentação de um ideal de modo de vida cada
vez mais próximo do estadunidense influenciaram
o processo contínuo de formação da identidade
nacional, momento ainda vivenciado no século XXI
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